2025-07-13
15º Domingo do Tempo Comum – Ano C 2025
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 10, 25-37)
Ideia principal: Que hei de fazer para alcançar a vida eterna? É a questão fundamental para quem se preocupa com o sentido da sua existência… Viver guiado pelo amor, é caminhar em direção à vida eterna.
- Lucas sugere que o “doutor da Lei”, não tinha boas intenções… pretendia experimentar Jesus. Porém a pergunta não é desprovida de sentido: Embora alguns grupos judaicos, como os fariseus, acreditassem numa vida para além da morte, para uns a vida eterna, para outros a reprovação eterna (cf. Dn 12,2), a catequese tradicional de Israel ensinava que depois da morte existia apenas o “mundo dos mortos” – “o sheol”. O “doutor da Lei” quer saber a opinião de Jesus… Para a seguir, ou para o apanhar nalguma contradição?
- O “doutor da Lei” queria saber coisas do além; mas Jesus trocou-lhe as voltas: centra o ensinamento naquilo que o homem deve fazer para alcançar a vida, considerando a vida para além da morte, um assunto inquestionável. Deve fazer como o samaritano que, ao contrário do sacerdote e do levita, representantes da religiosidade fria e formal do judaísmo, parou e cuidou do homem que os bandidos maltrataram.
- Santo Agostinho ensina: O homem espancado e abandonado à beira do caminho, é a humanidade; quem a maltratou são os três inimigos do homem: mundo, demónio e as suas próprias paixões. O Bom Samaritano é Jesus, que confia a humanidade aos cuidados da Igreja e, com o Seu Sangue, paga o preço da cura.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Jesus, Bom Samaritano, trata-me as feridas, pois, por ser imprudente, o inimigo me feriu e roubou; levanta-me de novo, suporta-me nas tribulações, perdoa meus pecados. Jesus, Bom Samaritano, ensina-me a ver com olhos de ver, para que, curado, possa ser o companheiro de todos os caminhos, o amigo de todas as solidões, o próximo de todos os doentes; passe fazendo o bem, como Tu, Bom Samaritano da minha vida. Amem.
EVANGELHO – Lucas 10, 25-37
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar:
«Mestre, que hei de fazer para receber como herança a vida eterna?» Jesus disse-lhe:
«Que está escrito na lei? Como lês tu?» Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo». Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» O doutor da lei respondeu:
«O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: «Então vai e faz o mesmo».
.png)