Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 13, 1-9)

Ideia principal: Ou nos convertemos recentrando a vida em Deus e nos Seus valores, ou, se persistirmos em viver centrados em nós próprios, a nossa vida terá sido uma perda de tempo, um projeto falhado.

- O Evangelho deste domingo, por um lado, situa-nos já na viagem a caminho de Jerusalém (cf. Lc 9,51-19,28); por outro lado, sendo todo o cap. 13 de São Lucas um apelo urgente à conversão, o trecho lido (13, 1-9), tem essa tónica. Jesus, paulatinamente, vai instruindo os discípulos, preparando-os para virem a ser testemunhas do Reino de Deus, fazendo da viagem até Jerusalém um caminho espiritual e catequético.

- Na 1ª parte do Evangelho (vv. 1-5) argumenta com dois acontecimentos lamentáveis: uma repressão política e a derrocada de um monumento, que fizeram muitas vítimas. Contrariando a opinião pública, Jesus não os considera castigos de Deus; antes devem ser vistos, isso sim, como avisos de Deus, como tal é preciso que se levem a sério, porque “se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante” (v.5).

- O Evangelho termina com a parábola da figueira plantada na vinha… Confirma-se a desilusão que já vem de trás: há três anos que a figueira não dá fruto! “Deus é clemente e compassivo, lento para ira e rico em misericórdia” (Sl 144), mas não pactua com a recusa, a obstinação, a indiferença. Jesus intercede e o Pai dilata o tempo e dá uma nova oportunidade. Porém, chegará o tempo do juízo! Aproveitemos a Quaresma!!!

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Jesus, Tu fazes caminho connosco! Queres que estejamos preparados, vigilantes, e não deixemos coisas para trás. Eu Te louvo e bendigo por esta palavra que me alertou para a necessidade agarrar as oportunidades de conversão. Jesus, não permitas que venha a desperdiçar esta vida. Que eu abrace, enquanto é tempo, a única árvore que garante os frutos que de mim esperas: a Cruz que Tu abraçaste! Oh Cruz gloriosa! Amem.

EVANGELHO – Lucas 13,1-9

Naquele tempo, vieram contar a Jesus
que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus,
juntamente com o das vítimas que imolavam.
Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo,
esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus?
Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes,
morrereis todos do mesmo modo.
E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou?
Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.
Jesus disse então a seguinte parábola:
«Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha.
Foi procurar os frutos que nela houvesse mas não os encontrou.
Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho
procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la.
Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’
Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano,
que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo.
Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».