Leitura da Epístola aos Hebreus (Hebreus 4,12-13)

Ideia principal: Não nos conformemos com valores perecíveis… “enchem o olho” mas não saciam a fome que temos; só a Palavra de Deus, que nos chega por Jesus, vale para sempre, é viva, eficaz, atuante.
- Posta de parte a possibilidade de ser Paulo o autor da Carta aos Hebreus, fica de pé, como muito provável, a proximidade do seu autor com o Apóstolo, talvez mesmo um seu discípulo. Embora a tradição cite os hebreus como destinatários da carta, não é certo que ela se destine a comunidades cristãs de origem judaica. Será menos duvidoso admitir que a Carta aos Hebreus foi escrita antes da destruição do Templo pelos romanos, no ano 70, em virtude das referências à liturgia do Templo como uma realidade a acontecer.
- A Palavra de Deus: é Deus enquanto age e Se revela nas Escrituras e nos profetas e, sobretudo, em Jesus e na Sua Igreja. Esta Palavra é viva não apenas enquanto revelação do Deus Vivo, mas também porque é fonte de vida. Ela é eficaz, portadora da força de Deus, que nada nem ninguém pode conter.
- É penetrante como espada de dois gumes, afiada e inflexível: invade o reduto impenetrável da consciência, atinge as recônditas profundezas do ser humano, o habitat das suas intenções e pensamentos mais secretos, pelo que o homem não pode mais dissimular o que se passa no seu íntimo. A Palavra é capaz de avaliar e de julgar como é acolhido ou rejeitado no “coração” do homem o projeto de Deus que ela dá a conhecer.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Ó Cristo, Verbo de Deus incarnado, por Ti a Palavra de Deus ecoou! Jesus, que ela me invada, entre pelo meu ouvido, empape o meu coração e atue em mim como ela é: Palavra viva, atuante, desafiadora, porque tem em si a força de Deus. E me transforme! Senhor, não permitas que ofereça qualquer resistência… não me recuse a escutá-la, não me recusasse a responder… De tal, livra-me, Senhor. Tem piedade! Amem.

LEITURA II – Hebreus 4,12-13

A palavra de Deus é viva e eficaz,
mais cortante que uma espada de dois gumes:
ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do espírito,
das articulações e medulas,
e é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração.
Não há criatura que possa fugir à sua presença:
tudo está patente e descoberto a seus olhos.
É a ela que devemos prestar contas.