Leitura da Epístola aos Hebreus (Hebreus 2,9-11)

Ideia principal: Quão grande é “qualidade” do amor de Deus! Enviou-nos o Seu Filho único que, morrendo na Cruz “em proveito de todos”, nos ensina-nos que o sentido da Vida está no amor que vai até ao fim.
- A tradição das Igrejas do oriente atribui a Carta aos Hebreus – que mais parece ser a transcrição de um ensinamento oral… - a Paulo; as Igrejas do ocidente rejeitam essa possibilidade. Do autor, sabe-se ser um cristão instruído nas Escrituras e nas tradições do povo de Israel. Deus serviu-Se da sua fé e da sua sabedoria para consolar e instruir os cristãos de origem judaica que, passado o ardor dos primeiros tempos da sua adesão a Cristo, sentem a grande tentação de voltar ao Templo e às práticas da sua antiga religião.
- O sacrifício de Cristo foi plenamente eficaz, é definitivo! – esta certeza é transversal a toda a Carta. Na passagem respigada para este domingo refere-se este aspeto central da salvação em Jesus Cristo: n’Ele estão em consonância a paixão e morte, e a honra e glória, o que para qualquer o homem parece ser uma contradição. Sendo Jesus verdadeiro Homem, essa consonância foi possível “por graça de Deus”.
- A doutrina é análoga à de Filipenses (cf. 2, 6-11) e à dos anúncios da Paixão, como aquele que escutámos dois domingos atrás: “O Filho do homem vai ser entre às mãos dos homens e eles vão matá-l’O ; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará (Mc 9, 31); o mesmo ensinou Jesus Ressuscitado (cf. Lc 24,26).

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Deus Criador, Pai de todos! A história que fazes connosco, é uma história espantosa! És um Deus com coração de pai e de mãe! Para podermos viver nesse amor, nos enviaste o Teu Filho, Jesus. Que se entregou na Cruz em proveito de todos. Como posso permanecer no egoísmo e de autossuficiência? A Tua paciência para comigo só é ultrapassada pelo amor… Não desistes de amor, ó Deus de amor! Louvado sejas! Amem.

LEITURA II – Hebreus 2,9-11

Irmãos:
Jesus, que, por um pouco, foi inferior aos Anjos,
vemo-l’O agora coroado de glória e de honra
por causa da morte que sofreu,
pois era necessário que, pela graça de Deus,
experimentasse a morte em proveito de todos.
Convinha, na verdade, que Deus,
origem e fim de todas as coisas,
querendo conduzir muitos filhos para a sua glória,
levasse à glória perfeita, pelo sofrimento,
o Autor da salvação.
Pois Aquele que santifica e os que são santificados
procedam todos de um só.
Por isso não Se envergonha de lhes chamar irmãos.