NOVENA DE SANTA RITA DE CÁSSIA
(O dia de Santa Rita de Cássia comemora-se a 22 de maio)
Esquema
- Oração ao Divino Espírito Santo
- Acto de Contrição
- Oração a Santa Rita
- Meditação para cada dia da Novena
- Ladainha de Santa Rita
Oração ao Espírito Santo
Pelo sinal ✞ da Santa Cruz, livre-nos Deus ✞ nosso Senhor, dos nossos ✞ inimigos.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amem.
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos, segundo o mesmo Espírito, conhecer as coisas retas e gozar sempre das Suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amem.
Acto de Contrição
Meu Deus, de todo o coração me arrependo dos meus pecados; odeio-os e detesto-os porque ofendem a vossa infinita Majestade e são causa da morte do vosso Divino Filho, Jesus Cristo, e da minha ruína espiritual. Proponho nunca mais cometê-los no futuro e fugir sempre das ocasiões de pecar. Senhor, tende misericórdia e perdoai-me.
Oração a Santa Rita
Gloriosa Santa Rita de Cássia, preciosa flor colhida nos campos da Igreja, a quem Deus escolheu para remédio dos aflitos e estrela fulgurante que guia o Seu Povo pelo caminho que conduz ao Céu, vos suplicamos: pela Paixão de Jesus, vosso Esposo, e pela Conceição Imaculada de Sua Mãe Santíssima, manifestai neste vosso indigno devoto que, piedosamente, faz esta novena, o poder e a graça que vos comunicou o Céu, e vos digneis alcançar-me a graça que vos peço (indicar a graça que se pretende alcançar), mas sobretudo aquilo que importa à Sua glória e ao bem da minha alma, de modo a que viva e morra em paz. Se a piedade divina se dignar conceder-me o favor que peço, manifestai-vos em mim como a advogada das causas impossíveis, ó minha Santa protetora, amparando-me com a vossa intercessão pela qual espero também obter de Deus o perdão dos meus pecados e a graça de um dia O ver revestido de glória, entoando-Lhe convosco eternos louvores. Amem.
V/. Rogai por nós, bem-aventurada Santa Rita.
R/. A fim de que, por vossa intercessão, alcancemos as graças que imploramos.
Meditação para cada dia da Novena
Meditação do Dia
Primeiro dia
Ó gloriosa Santa Rita, eis-nos a vossos pés para implorar o vosso auxílio e obter de Deus, pela vossa poderosa intercessão, os auxílios necessários na tribulação em que nos encontramos. Como Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora, também os vossos pais, António e Amata, vos alcançaram de Deus com muita oração. Mas Deus escutou-os… Um Anjo lhes anunciou que iriam ter uma filha, que deveria chamar-se Margarida, que significa pérola, nome que mais tarde o povo abreviou para Rita. O anúncio cumpriu-se em 22 de Maio, no já distante ano de 1381, em Roccaporena, na Itália. Quanto gostamos de recordar a fé de vossos pais e os desígnios de Deus que rodearam o vosso nascimento! Essa ação da graça de Deus acompanhou-vos depois na juventude e por toda a vida, à qual sempre correspondestes com total fidelidade. Não admira que cedo tivessem surgidos os prelúdios da vossa santidade, traduzidos no desabrochar de inúmeras virtudes, no desprezo da mundanidade, no amor ao silêncio, numa piedade exemplar, no espírito de oração e de penitência e, também, na obediência aos vossos pais.
Ó milagrosa Santa, como fostes feliz em conservar a inocência do vosso batismo e em edificar a vossa vida sobre alicerces tão sólidos. Do alto do Céu, lançai sobre nós um olhar de piedade obtendo-nos de Jesus o perdão dos nossos pecados, o socorro necessário para crescermos na virtude e graça que imploramos. Já que no passado não vos imitámos na santidade, saibamos no presente imitar-vos na penitência, para no futuro alcançarmos a eterna bem-aventurança. Amem.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória
Segundo dia
Ó gloriosa Santa Rita, que na contemplação do crucifixo percebeste que a verdadeira sabedoria é a da Cruz! Cedo quisestes apartar-vos do mundo, na vida religiosa, mas aceitastes o marido que vossos pais, já de idade avançada, vos escolheram. Por obediência a eles, casastes com Paolo Ferdinando, jovem de boas famílias, mas que cedo se revelou como alcoólico, mulherengo e de caráter violento. Do vosso casamento nasceram dois rapazes, gémeos. Nos seus desígnios insondáveis, Deus escolheu-vos para que, em vós, tivéssemos um exemplo de uma esposa e mãe admirável, cheia de virtude, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
A oração constante, a vossa perseverança e exemplo, alcançaram a graça que tanto desejáveis: após vinte anos de casamento, Paolo Ferdinando converteu-se, deixou a vida que levava e, durante algum tempo, acompanhou-vos nos caminhos da fé e da virtude. Porém os seus amigos de sempre não compreenderam aquela mudança e não tardou aquilo que tanto receáveis… o assassinato do vosso marido.
Muito agradaria a Deus que os esposos aprendessem na vossa escola esta arte de sofrer em silêncio, de viver na concórdia, de perseverar na oração e de praticar a mais perfeita virtude. Porque tal não acontece, as discórdias, a infidelidade e a desunião arruínam muitas famílias. Ó Santa das causas desesperadas, olhai a aflição de tantas esposas, a desorientação de tantos maridos, o abandono de tantos filhos, e a todos socorrei com a vossa intercessão. Amem.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória
Terceiro dia
Ó gloriosa Santa Rita, como aumentou a vossa dor ao saberdes que vossos filhos, já homens, juraram vingar a morte do pai. Nem vossos pedidos os dissuadiam da vingança. De onde nos vem o auxílio? Voltastes-vos para Deus, pedindo-Lhe o bem supremo para os rapazes: a salvação das suas almas. Deus permitiu que ambos adoecessem atingidos pela peste que assolava a região, e acabassem por morrer. Mãe amorosa, assististe-os na doença, falando-lhes sempre de amor e de perdão. Grande foi o vosso contentamento quanto, já muito doentes, perdoaram aos assassinos do pai! Porque sempre confiastes na misericórdia de Deus, nunca duvidastes da salvação eterna, quer do vosso marido, quer dos vossos filhos.
Como poderemos nós, Santa Rita, agradecer a Deus a coragem heroica com que suportaste a morte do marido e dos filhos? Derramastes muitas lágrimas, que em nada deslustraram a vossa virtude, porque aquilo que sempre temestes verdadeiramente, fora a condenação eterna dos vossos ente-queridos. Num acto de admirável resignação, esquecestes a vossa dor para louvar o Bom Deus que salvou o pai e os filhos do precipício do inferno.
De que nos valeria admirar as vossas virtudes, se não estivéssemos dispostos a seguir os vossos passos? Santa Rita, obtende-nos do Céu a força de poder perdoar aos nossos inimigos, por amor de Jesus, e de preferir a amizade de Deus a tudo o que nos pode dar este mundo. Amem.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória
Quarto dia
Ó gloriosa Santa Rita, porque as soubestes cultivar, tínheis todas as virtudes em grau eminente; mas a caridade para com Deus e para com os irmãos sobrepôs-se a todas as outras. Nem sequer conseguimos imaginar a beleza dos vossos pensamentos, a grandeza dos vossos afetos e os suspiros de uma alma de eleição como a vossa! Muito menos nos atrevemos a falar dos frutos da contemplação do Divino Crucificado, das lágrimas abundantes que derramastes, da sublimidade dos vossos êxtases que vos arrebatavam para Deus. Deus amou-vos e vós deixastes-vos amar por Ele, e com o amor com Deus vos amou, vós amastes os vossos pais, o vosso marido, os vossos filhos e o próximo.
Qual não foi, na verdade, o vosso amor pelo próximo? Os enfermos, os pobres, os aflitos de qualquer idade ou condição o poderiam testemunhar. Como, ó venerável Santa Rita, o nosso coração difere do vosso! Configurados com Jesus pelo batismo, continuamos, mesmo assim, escravos das nossas paixões, afetos desordenados e, sobretudo, atraídos pelas seduções do mundo. Como conseguiremos nós quebrar as amarras desta escravidão pelas coisas da terra?
Ó vós, advogada das causas desesperadas, pela caridade que praticastes neste mundo e que experimentais em plenitude no Céu, alcançai-nos de Deus, cheio de Misericórdia, a liberdade e a graça de um coração, que descentrado de nós próprios, seja capaz de amar os irmãos. Assim poderemos imitar-vos e ser, como vós fostes, presença do amor de Deus no mundo, uma luz que brilha nas trevas, perdão que vence o ódio. Para um dia, convosco, podermos gozar da glória do Paraíso, objeto da nossa esperança. Amem.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória
Quinto dia
Ó inconformada Santa Rita! Podíeis, liberta dos vossos compromissos familiares, dedicar-vos a uma recatada e tranquila viuvez, exercendo algumas obras de caridade. Afinal, pelo modo exemplar como soubestes ser esposa e mãe em circunstâncias tão difíceis, pelo modo como vivestes as provações da vida familiar, em tudo agradastes ao Senhor, e, certa da Sua infinita misericórdia, não seria presunção da vossa parte aguardar calmamente o dia da passagem deste mundo para o Céu. Contudo, ó grande Santa, longe de pensar que já havíeis feito o bastante para glória de Deus, voltastes ao primitivo chamamento que só não concretizastes na juventude porque percebestes que Deus vos pedia antes, por obediência a vossos virtuosos pais, já anciãos, que passásseis primeiro pela vida matrimonial.
Já na viuvez, Deus chamou-vos, de novo à imolação na vida religiosa. Ser religiosa Agostiniana era, então, na nova etapa da vossa vida, o que vos era pedido. Mas como concretizar esse projeto de vida tendo já sido casada e mãe de dois filhos? Duma coisa tínheis a certeza: tratando-se de um chamamento divino, e sendo vosso desejo corresponder-lhe, Deus arranjaria forma de concretizá-lo. O que é impossível aos homens, é possível a Deus! O vosso papel era rezar e colaborar com a graça, como se tudo dependesse de vós, mas na certeza de que tudo dependia de Deus.
Ó gente tíbia e calculista, que regateais o tempo dedicado a uma breve oração, a um fugaz apostolado, ao cumprimento, pelos mínimos, dos vossos deveres religiosos… olhai para o exemplo de Santa Rita! Fez o que deveria fazer como filha, esposa e mãe. Viveu cada um destes papéis de forma sacrificada e amorosa, com toda a fidelidade e dedicação. E agora, em vez de se aproveitar dos méritos acumulados, está pronta para se imolar na vida religiosa. Santa Rita, intercede por estes cristãos “light” que nós somos, para que compreendamos que Deus deve ser o primeiro, o centro e o tudo das nossas vidas. Amem.
Pai Nosso, Ave Maria, Glória.
Sexto dia
Vou narrar-vos como Deus atuou para realizar aquilo que parecia impossível alcançar… Manifestei às irmãs agostinianas o meu desejo de ser admitida como religiosa no seu convento de Cássia. Recusaram aceitar-me, por ter sido casada e pela forma violenta como havia morrido o meu marido. Ainda assim, fiz por mais duas vezes o pedido de admissão… Perante a recusa reiterada, voltei-me para Jesus colocando tudo nas Suas mãos. Então, um milagre aconteceu. Uma noite, enquanto dormia profundamente, ouvi chamar pelo meu nome: Rita, Rita, Rita! Como insistissem do lado de fora da porta do meu quarto, abri a porta. Deparei-me com Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista, dos quais ela era devota desde muito jovem. Pediram-me para os seguir. Depois de percorrer as ruas de Roccaporena, no pico de Scoglio, onde costumava ir rezar, senti-me levantada no ar e suavemente empurrada em direção a Cássia. Quando passava pelo Mosteiro de Santa Maria Madalena, entrei em êxtase. Quando despertei do êxtase, vi-me dentro do Mosteiro. Confrontadas com o milagre, as freiras perceberam qual a vontade de Deus a meu respeito. Fui admitida, e, ainda no ano da minha admissão, em 1417, fiz os primeiros votos, não sem que antes tenha sido duramente provada: pela Superiora, pelas outras irmãs e pelo Senhor! “Se queres ser perfeito…”, disse Jesus ao jovem rico. Percebi claramente as exigências da perfeição cristã!
Gloriosa Santa Rita, mulher determinada e cheia de fé! Nós acreditamos em Deus, d’Ele até esperamos o Céu, contudo quão facilmente desanimamos nas dificuldades!!! Desistimos, acovardamo-nos, somos “sim e não” e, não raro nos revoltamos contra Deus. Intercede por nós, alcançando-nos a graça de querer sempre aquilo que Jesus quer de nós, pois a bem-aventurança eterna – e já a felicidade neste mundo – depende do cumprimento da vontade de Deus. Pela nossa perseverança e determinação, convosco vos havemos de ver no Reino, que Jesus nos alcançou. Amem.
Sétimo dia
Santa Rita, obediente! Santa Rita, penitente! Muitos factos ilustram a vossa obediência e o espírito penitentes com que vivestes, virtudes que cultivastes em grau elevadíssimo. Nesta novena, queremos recordar a planta seca, que se transformou em videira frondosa carregada de bons cachos de uvas. Prodígio que permanece, servindo as uvas colhidas, até aos dias de hoje, para fazer o vinho que na consagração da santa missa se transforma no preciosíssimo Sangue de Jesus. A Madre Superiora, que queria, naturalmente a vossa santificação, pôs-vos à prova, dando-vos a ordem de regar um ramo ressequido. E vós, sem fazerdes qualquer reparo sobre tão excêntrica ordem, passastes a regá-lo várias vezes ao dia, alcançando, pela vossa obediência, um prodigioso milagre: o ramo seco ganhou vida, tornou-se videira que passou a produzir deliciosas uvas. Ainda lá está, no convento de Cássia, “a videira de Santa Rita”!!!
Ó Santa Rita, que compreendestes que a penitência do corpo de nada valeria se alma não estivesse totalmente abandonada à vontade de Deus. Sempre cumpristes as penitências diária, muito para além daquilo que determinavam as austeras regras das religiosas agostinianas. Mas, além disso, sempre fizestes quatro quaresmas em cada ano, bem como jejum rigoroso na véspera do dia da festa dos santos da vossa Ordem e das grandes solenidades da Igreja.
Santa Rita, vivemos num mundo que perdeu quer o espírito de obediência – cada um tem a pretensão de poder fazer o que lhe apetece -, quer o espírito de mortificação. Por isso, o vosso exemplo nos desperta para a necessidade de remar contra esta corrente hedonista que arrasta o mundo. Alcança-nos do Céu a força necessária para lutar, a fim de que, como vós, criemos as condições para que Cristo vença em nós. Amem.
Oitavo dia
Ó gloriosa Santa Rita! Tanto meditaste na Paixão de Jesus, sobre os insultos, as rejeições, as ingratidões que Ele sofreu no caminho para o Calvário, que mereceste do Crucificado um “presente” concedido a muito poucos… Na Quaresma do ano de 1443, depois de ouvirdes um comovente sermão sobre a Paixão de Nosso Senhor, pedistes para participar ainda mais intimamente dos Seus sofrimentos. Jesus permitiu que a marca do espinho que se Lhe cravou na testa, se abrisse na vossa própria, exalando a ferida aberta um odor pestilento e uma dor lancinante.
Santa Rita, que fizestes a experiência de 15 anos de confinamento e de solidão, já que as irmãs, não suportando o cheiro da ferida aberta na vossa fronte, vos obrigaram a renunciar à vida comunitária, tendo vós passado a viver como prisioneira na vossa própria cela. Uma trégua vos foi concedida por ocasião da peregrinação que as irmãs fizeram a Roma no primeiro Ano Santo proclamado pelo Papa Nicolau V, em 1450. No tempo que durou a peregrinação jubilar, a ferida fechou-se, mas mal chegastes ao Convento, de novo se abriu e logo retomastes a vossa vida recôndita e solitária, aceitando as dores causadas pelo estigma e a repugnância que aos outros causava, como uma carícia de Jesus.
Ó paciente Santa Rita, quão longe estamos da vossa santidade! Pensar nos vossos sofrimentos, aflige-nos; desejá-los para nós, amedronta-nos. Na realidade, aquilo que apreciamos, é a mundanidade; suportar as provações da vida, dá-nos incómodo. A vós recorremos, ó querida Santa, para que nos obtenhais a graça de seguir Jesus nos sofrimentos, para que se continue em nós a Sua Paixão, para redenção da humanidade e conversão dos pecadores. Amem.
Nono dia
Os últimos quatro anos de vida de Santa Rita, foram de expiação, acamada em virtude de uma doença grave e dolorosa; todos os dias julgava partir para o céu, mas cada dia a porta parecia fechar-se para continuar mergulhada nas suas dores. Também experimentou, é certo, algumas consolações de Deus… Como mãe preocupada com o melhor bem dos seus dois filhos – ela nunca deixou de ser mãe, tanto física como espiritualmente – pediu a Nosso Senhor que, através de um sinal, lhe fizesse saber se os rapazes já estavam no Céu. Jesus concedeu-lhe não um, mais dois sinais: uma sua parente que foi visitá-la, levou-lhe uma magnífica rosa vermelha e dois figos colhidos no quintal da que fora a sua casa de Roccaporena. Estávamos em pleno inverno, quando as roseiras não dão rosas, nem das figueiras é possível colher figos!
Alegrastes-vos ainda, ó Santa Rita, com uma consolação muito especial: a visita da Santíssima Virgem e do Menino Jesus, convidando-vos a entrar no reino dos Céu. Pedistes a bênção da Prioresa e a santa Unção. Deliciada e em paz, voastes para a beatífica eternidade. Foi no dia 22 de maio de 1457, era Papa Calixto III. A ferida do estigma desapareceu e, em vez dela, apareceu uma mancha vermelha rubi, que tinha uma fragrância deliciosa. Não chegastes a descer à terra… Ali ficastes, na capela do Convento de Cássia, onde vos imolastes. Mais tarde o caixão foi substituído por uma urna de vidro, de onde acenais, através desse corpo incorrupto, e atendeis os muitos pedidos desesperados dos peregrinos que vos procuram, fazendo-os chegar a Jesus, junto de quem já está a vossa alma esperando a ressurreição final.
Ó miraculosa Santa Rita, que tão radicalmente vivestes as palavras de Jesus: “Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado” (Mt 23,12). Sobre estas palavras vós edificastes o belo edifício da vossa santidade. Obtende-nos de Deus a graça de nos conhecermos a nós mesmos, no nosso pecado e indignidade, para vivermos humildes e pequeninos, a fim de um dia sermos exaltados no Céu. Socorrei-nos, Santa Rita, nós confiamos no poder da vossa intercessão. Amem.
Ladainha de Santa Rita
Senhor, tende piedade de nós,
Jesus Cristo, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós,
Jesus Cristo, escutai-me,
Jesus Cristo, atendei-nos,
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós,
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós,
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós,
Santa Maria, Rainha dos Santos, rogai por nós,
Santa Rita, que na idade de doze anos fizestes voto de pertencer
unicamente a Jesus, rogai por nós,
Santa Rita, modelo das mulheres santas, rogai por nós,
Santa Rita, esposa fidelíssima, rogai por nós,
Santa Rita, mãe exemplaríssima, rogai por nós,
Santa Rita, cheia de zelo pela salvação das almas, rogai por nós.
Santa Rita, tão perfeitamente obediente à vontade de Deus, rogai por nós,
Santa Rita, que miraculosamente entrastes no convento, rogai por nós,
Santa Rita, glória da Ordem agostiniana, rogai por nós,
Santa Rita, que sempre vos comovestes com as dores de Jesus na Paixão,
rogai por nós,
Santa Rita, estigmatizada com um espinho da coroa de Jesus Crucificado,
rogai por nós,
Santa Rita, que suportastes enormes sofrimentos com admirável paciência,
rogai por nós,
Santa Rita, que tão heroicamente praticastes os conselhos evangélicos,
rogai por nós,
Santa Rita, que vos tínheis como a última das Irmãs, rogai por nós,
Santa Rita, consoladora dos aflitos, rogai por nós,
Santa Rita, fiel serva da Virgem Imaculada, rogai por nós,
Santa Rita, favorecida por Deus com o dom dos milagres, rogai por nós,.
Santa Rita, cuja ciência dos divinos mistérios enche de admiração os santos
doutores, rogai por nós,
Santa Rita, cheia de zelo pela conversão dos pecadores e pelo alívio das
almas do purgatório, rogai por nós,
Santa Rita, convidada por Jesus e Sua Mãe a participar no gozo eterno,
rogai por nós,.
Santa Rita, cuja morte santa foi logo seguida de admiráveis prodígios,
rogai por nós,
Santa Rita, advogada das causas desesperadas, rogai por nós,
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós,
Senhor.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Senhor Jesus, damo-Vos graças pelos insignes favores com que cumulaste a vossa fiel Esposa, Santa Rita, e Vos suplicamos, por sua intercessão, que nos alcanceis as graças que esperamos desta novena. A Vós que reinais pelos séculos dos séculos. Amem.
Agradeçamos à Santíssima Trindade os favores concedidos a Santa Rita
(Rezam-se 7 Glórias)