Santa Filomena em Portugal

Recado do Diretor Espiritual

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2025-06-29

Solenidade do Martírio de São Pedro e São Paulo - 2025


Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos (Atos 12, 1-11)


Ideia principal: Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos, opera constantemente na Igreja, sobretudo por meio dos Apóstolos, em especial São Pedro.

- O episódio situa-se após a morte do Apóstolo Tiago Maior. É, nos Atos, o último dos episódios focado na pessoa Pedro e relata uma intervenção miraculosa em seu favor. Doravante, passa a ter uma presença mais discreta; a exceção é, no capítulo 15, a sua intervenção no “concílio” de Jerusalém. Herodes Agripa I - neto de Herodes, o Grande, e filho de Herodes Antipas (que mandou matar João Batista) - e os “judeus”, aliam-se para eliminar Pedro. Deus age, libertando-o, tal como pela ressurreição libertou Cristo da morte planeada pelos mesmos protagonistas. São duas as forças em confronto: os soldados de Herodes e a Igreja em oração.

- Quando os saduceus cheios de inveja mandam prender os Apóstolos na prisão pública (cf. Atos 5, 18-19) é referida a intervenção libertadora do “Anjo do Senhor”. Agora, de novo, na véspera do julgamento, Pedro escapou da prisão, durante a noite; a comunidade que, unida, “orava instantemente a Deus por ele” (v.5), interpreta o facto como o resultado da intervenção de Deus. Lucas fala, como anteriormente, da intervenção de um “Anjo do Senhor”. Nos pormenores maravilhosos narrados (cf vs.7-10) devemos ver uma catequese sobre a solicitude de Deus pelos Apóstolos que envia ao mundo a dar testemunho da Salvação.


Rezar a Palavra e contemplar o Mistério


Que exemplo, Senhor…“A Igreja orava instantemente a Deus” por Pedro, que estava na prisão. Uma comunidade unida e solidária, pronta a ajudar todos os seus membros; mas Pedro foi a “pedra” sobre a qual Jesus edificou a Sua Igreja! Senhor, peço-Te hoje pelo Papa Leão e por tantos filhos da Igreja postos à prova por causa da fé. Fá-los fortes e destemidos. Cuida também de mim, que sou tíbio e incoerente. Amem.


LEITURA I – Atos 12,1-11


Naqueles dias, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e, vendo que tal procedimento agradava aos Judeus, mandou prender também Pedro. Era nos dias dos Ázimos. Mandou-o prender e meter na cadeia, entregando-o à guarda de quatro piquetes de quatro soldados cada um, com a intenção de o fazer comparecer perante o povo, depois das festas da Páscoa. Enquanto Pedro era guardado na prisão, a Igreja orava instantemente a Deus por ele. Na noite anterior ao dia em que Herodes pensava fazê-lo comparecer, Pedro dormia entre dois soldados, preso a duas correntes, enquanto as sentinelas, à porta, guardavam a prisão. De repente, apareceu o Anjo do Senhor, e uma luz iluminou a cela da cadeia. O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe: «Levanta-te depressa». E as correntes caíram-lhe das mãos. Então, o Anjo disse-lhe: «Põe o cinto e calça as sandálias». Ele assim fez. Depois, acrescentou: «Envolve-te no teu manto e segue-me». Pedro saiu e foi-o seguindo, sem perceber a realidade do que estava a acontecer por meio do Anjo; julgava que era uma visão. Depois de atravessarem o primeiro e o segundo posto da guarda, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, e a porta abriu-se por si mesma diante deles. Saíram, avançando por uma rua, e subitamente o Anjo desapareceu. Então, Pedro, voltando a si, exclamou: «Agora sei realmente que o Senhor enviou o Seu Anjo e me libertou das mãos de Herodes e de toda a expetativa do povo judeu».