Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Gálatas
(Gal 5, 1.13-18)

Ideia principal: Deus conta connosco para transformar e salvar o mundo. Para isso é necessário seguir Jesus, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor.
- Continuamos a ler a Carta dirigida aos cristãos da Galácia, na parte central da Ásia Menor, perturbados pelos “judaizantes” que faziam depender a salvação do cumprimento dos rituais da Lei de Moisés. A 2ª leitura de hoje é um texto já da parte final da Carta, ponto de partida para uma reflexão sobre a liberdade.
- Paulo fala do essencial da vida cristã: o amor. O amor é inseparável da liberdade. A Carta aos Gálatas é até conhecida por “carta da liberdade”… nela se define a vocação cristã como uma vocação à liberdade (cf. v. 13). Na verdade, o cristão foi arrancado a uma dupla escravidão: a do pecado; e a dos “enredos” da Lei.
- S. Paulo, no que consideramos os “enredos “da Lei, isto é, as prescrições rituais e jurídicas que deixam de ter sentido para quem já foi remido pelo Sangue de Cristo, não inclui aquelas prescrições que dizem respeito à lei moral natural. Não abuseis da liberdade como pretexto… A liberdade não é permissivismo moral, nem libertinagem; é-se livre para, por si próprio, responsavelmente, escolher a Verdade e o Bem.
- A liberdade não se basta a si mesma, precisa dum compromisso… O critério último que define as pessoas livres é a caridade: pela caridade colocai-vos ao serviço uns dos outros (v.13). É-se livre para o amor!

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Ó Espírito Santo, que alimentas em mim, dia a dia, essa vida gerada pela minha pertença a Cristo. Vida dada, vida plena, que faz de mim um homem livre, isto é, me capacita para amar ao jeito de Cristo. Que jamais use a liberdade para bloquear essa torrente de vida… seria voltar a fazer a experiência da escravidão e a manifestar de novo aquelas obras próprias de quem é escravo. Senhor, tem piedade de mim! Amem.

LEITURA II – Gal 5, 1.13-18

Irmãos:
Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou.
Portanto, permanecei firmes
e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade.
Contudo, não abuseis da liberdade
como pretexto para viverdes segundo a carne;
mas, pela caridade, colocai-vos ao serviço uns dos outros,
porque toda a Lei se resume nesta palavra:
«Amarás o teu próximo como a ti mesmo».
Se vós, porém, vos mordeis e devorais mutuamente,
tende cuidado, que acabareis por destruir-vos uns aos outros.
Por isso vos digo: Deixai-vos conduzir pelo Espírito
e não satisfareis os desejos da carne.
Na verdade, a carne tem desejos contrários aos do Espírito,
e o Espírito desejos contrários aos da carne.
São dois princípios antagónicos e por isso não fazeis o que quereis.
Mas se vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sujeitos à Lei de Moisés.