Leitura da Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 9, 16-19.22-23)

Ideia principal: Paulo abre o coração… por amor se fez servidor do Evangelho e é o amor que o move. Belo exemplo para ser seguido por todos os discípulos do Senhor.
- Os coríntios colocam a Paulo mais uma questão: pode-se comer a carne proveniente dos sacrifícios pagãos? Entre os pagãos, no caso, no mundo grego, os animais eram oferecidos aos deuses e imolados nos templos. Uma parte do animal era queimada e outra parte pertencia aos sacerdotes. Havia ainda sobras, que o pessoal do templo comercializava através dos talhos da cidade. Os cristãos, ao comparem carne, poderiam estar seguros de que não provinha dos cultos idolátricos, o que os comprometeria com esses rituais?
- Paulo respondeu: como poderia ser uma prática compromete-los, se os deuses pagãos não existem? Porém, fazendo-o, poderiam escandalizar aqueles, os mais fracos, que consideravam inadmissível consumir aquela carne. Responde com o seu exemplo: sendo livre, não faço tudo aquilo que a liberdade me permitiria fazer…
- Sendo absolutamente livre, não é livre para escolher ou não anunciar o Evangelho, pois, interiormente, se sente impelido a fazê-lo como se fosse uma obrigação; podendo receber a recompensa a que tem direito o “trabalhador”, usa a liberdade para a ela renunciar. Livre em relação a todos, faz-se escravo de todos, a todos respeitando. “Por causa do Evangelho”… é a regra que aprendeu, pratica e ensina aos cristãos.

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

“Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” Paulo Descobriu Cristo quando, a caminho de Damasco, “caiu do cavalo”; a missão de evangelizar foi-lhe confiada por Deus - contra Deus não vale a pena lutar? Por amor, fez da vida um dom a Cristo, ao Reino e aos outros irmãos. Quantas vezes, Senhor, não subordino tudo ao amor, sendo “tudo para todos”, “por causa do Evangelho. Não desistas de mim, Senhor! Amem.

LEITURA II – 1 Coríntios 9, 16-19.22-23

Irmãos:
Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória,
é uma obrigação que me foi imposta.
Ai de mim se não anunciar o Evangelho!
Se o fizesse por minha iniciativa,
teria direito a recompensa.
Mas, como não o faço por minha iniciativa,
desempenho apenas um cargo que me está confiado.
Em que consiste, então, a minha recompensa?
Em anunciar gratuitamente o Evangelho,
sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere.
Livre como sou em relação a todos,
de todos me fiz escravo,
para ganhar o maior número possível.
Com os fracos tornei-me fraco,
a fim de ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos,
a fim de ganhar alguns a todo o custo.
E tudo faço por causa do Evangelho,
para me tornar participante dos seus bens.