Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 8,31b-34)

Ideia principal: Caminhamos rumo à Páscoa com confiança: Deus ama-nos com um amor imenso. A prova desse amor é Jesus, o Filho amado; morreu para nos ensinar a fazer da Sua Páscoa, a nossa Páscoa.
- Quando planeia regressar a Jerusalém, no final da 3ª viagem missionária, Paulo reforça os laços com os cristãos de Roma, com quem partilha algumas preocupações, entre elas um problema bem presente na comunidade dos romanos, como noutras: a unidade! O relacionamento entre judeo-cristãos e pagano-cristãos não era fácil. No contexto duma unidade ameaçada, pelos anos 57-58, surge a Carta aos Romanos.
- O título de Senhor (Kyrios) que Cristo recebeu na ressurreição, não é, nem mais nem menos, que o título divino atribuído Iahweh no A. Testamento. O “próprio Filho” que o Pai não poupou para nossa salvação, é Deus verdadeiro, embora São Paulo, prefira referir-se a Cristo na sua realidade concreta de Deus feito homem, muitas vezes subordinado ao Pai tanto na obra da criação, quanto na restauração escatológica.
- Jesus Cristo, o Filho Unigénito, o Deus encarnado, o Enviado – é a prova provada do imenso amor de Deus por nós. Sendo assim, de quê ter medo? Quem se atreverá a acusar-nos, a condenar-nos, a fazer-nos mal? Descobrir o amor de Deus por nós, dá-nos a coragem necessária para enfrentar a vida com serenidade, com tranquilidade e com o coração cheio de paz. O que dizemos, vale para a vida e, agora, para a Quaresma!

Rezar a Palavra e contemplar o Mistério

Ó Deus, Pai Santo! O Amor profundo, total, radical, com que nos amas, veio ao nosso encontro em Jesus Cristo, que nos capacitou para caminharmos ao encontro da vida eterna, participando da Sua Páscoa. Que nesta Quaresma saiba acolher o Amor! Para que nos momentos de crise, de perseguição, de orfandade, quando o mundo rejeita o projeto que tens para mim, tudo suporte na certeza de que me amas. Amem.

LEITURA II – Romanos 8,31b-34

Irmãos:
Se Deus está por nós, quem estará contra nós?
Deus, que não poupou o seu próprio Filho,
mas O entregou à morte por todos nós,
como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?
Quem acusará os eleitos de Deus?
Deus, que os justifica?
E quem os condenará?
Cristo Jesus, que morreu, e mais ainda, que ressuscitou
e que está à direita de Deus e intercede por nós?