2024-12-29
Festa da Sagrada Família de Jesus Maria e José – Ano C
Leitura da Primeira Epístola de São João (1 Jo, 3, 1-2.21-24)
Ideia principal: A família cristã, tendo por modelo a Sagrada Família de Nazaré, pelo modo como os seus membros se amam, é chamada a ser comunidade de vida e de amor, sinal do próprio amor de Deus.
- A 1ª Carta de João, que tem por autor um “presbítero” (“ancião”) ligado à pessoa e à teologia do Apóstolo São João, é dirigida às Igrejas joânicas da Ásia Menor; através dela, intervém na controvérsia levantada por hereges pré-gnósticos que punham em causa aspetos fundamentais da teologia cristã. Aos cristãos, confusos diante das proposições heréticas, o “presbítero” João apresenta uma síntese da vida cristã autêntica.
- As heresias eram, sobretudo, de ordem cristológica e ética: Cristo celeste para levar a cabo a revelação, apropriou-se do homem Jesus, a quem abandonou deixando-o sozinho a Paixão e morte… já que, sendo Deus não podia padecer. Quanto à ética e à moral, esses hereges não cumpriam os mandamentos e, menos ainda, o preceito do amor ao irmão, o que se refletia na vida familiar, nas relações entre os seus membros.
- Por palavras exprimimos as nossas ideias; o silêncio é mais eloquente que as palavras; mas é na práxis que se expressa uma vida. Cristo, a Palavra encarnada, revela o Pai através da Sua humanidade, dos Seus ensinamentos por palavras, mas, sobretudo, da Sua vida, dos seus gestos e ações. A família cristã, cujos membros estão ”agrafados” a Cristo, é, na relação entre os seus membros, revelação do amor de Deus.
Rezar a Palavra e contemplar o Mistério
Na contemplação da Sagrada Família, dou-me conta daquilo que é a minha família… a consciência até me acusa de erros passados e reprova algumas das opções que tomei. Que fazer?... Senhor, eu tenho confiança em Ti, por isso, de Ti, meu Deus, espero receber o que peço: um coração aberto ao amor, ao serviço, à partilha… no amor tudo tem solução! No amor que vem de Ti, Senhor. Eu Te louvo e bendigo. Amem.
LEITURA II – 1 João 3,1-2. 21-24
Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é.
Caríssimos, se o coração não nos acusa,
tenhamos confiança diante de Deus
e receberemos d’Ele tudo o que Lhe pedirmos,
porque cumprimos os seus mandamentos
e fazemos o que Lhe é agradável.
É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo,
e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou.
Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele.
E sabemos que permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu.
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