Santa Filomena em Portugal

NOVENA DO ESPÍRITO SANTO

O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa e ocorre no 10º dia depois da celebração da Ascensão de Jesus

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NOVENA A SÃO SEBASTIÃO

O Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa e ocorre no 10º dia depois da celebração da Ascensão de Jesus

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- Oração inicial

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso Amor.
V/ Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R/ E renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos, segundo o mesmo Espírito, conhecer as coisas retas e gozar sempre das Suas consolações.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amem.

V/ Abençoai-nos, ó divino Espírito Santo, e concedei-nos os vossos sete Dons, para que possamos hoje cumprir os nossos deveres, fazendo a vontade do Pai.
R/ Vinde, Espírito Criador,
A mente dos que são vossos, iluminai,
E os corações que criastes,
De infinitas graças habitai.

V/. Abençoai e infundi os vossos sete Dons no Papa Francisco, nos Bispos e nos sacerdotes de todo o mundo, para que sempre mais se santifiquem a si próprios e, com entusiasmo, trabalhem pela santificação dos fiéis.
R/. Vinde, Espírito Criador,
A mente dos que são vossos, iluminai,
E os corações que criastes,
De infinitas graças habitai.

V/ Abençoai e protegei todos aqueles que trabalham na evangelização; suscitai na nossa Paróquia muitos fiéis para os trabalhos de preparação da próxima Jornada da Juventude e para o acolhimento dos peregrinos; enchei de entusiasmo e alegria os voluntários que, nas Dioceses de Portugal, já estão envolvidos na preparação da Jornada.
R/ Vinde, Espírito Criador,
A mente dos que são vossos, iluminai,
E os corações que criastes,
De infinitas graças habitai.

- Meditação para cada dia

Primeiro dia: As operações do Espírito Santo em nossas almas icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Essa belíssima e nobre criatura que é a alma humana, saída da Mão de Deus, foi pelo Eterno Amor enriquecida das mais belas virtudes que nela produzem os Seus Frutos, graças à ação vivificante desse mesmo Amor, o Espírito Santo. Os Frutos da ação do divino Espírito nas almas são admiráveis e, quanto mais os contemplamos, tanto mais nos enchemos de enlevo e de consolação. Inacessível por Sua natureza, o Espírito Santo torna-se acessível às almas que O desejam, e com elas comunica de modo inexplicável. Ele mesmo as preenche e as faz experimentar, por meio da irradiação da Sua luz, inspirações, consolações, a Sua presença. Embora seja simples na Sua essência, é variado e múltiplo nos Seus efeitos. E, na obra da santificação das almas, pode-se afirmar que o Espírito Santo é tudo em todos.

Esta afirmação da inefável atuação do Espírito Santo na alma do cristão, mostra claramente “um Deus que Se ocupa de mim; um Deus que Se preocupa como meu melhor bem. O desejo pela minha perfeição é a Sua predileta ocupação! Ele trabalha em mim, pensa sempre em mim, não cessa de trabalhar por mim!”. Porquê tudo isto? Porque me ama e me ama infinitamente! Porquê? Porque eu sou uma feliz criatura, enlevo dos eternos e amorosos cuidados de Deus! Ó alma cristã, se te conhecesses a ti mesma e Aquele que em ti opera, estarias já liberta de toda a mundanidade e viverias desde agora toda em Deus!

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Segundo dia: O Espírito Santo habita em nós icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


“Porventura não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós - que vos foi dado por Deus – e que não vos pertenceis a vós mesmos?” (1 Cor 6, 19).

Por isso, a Igreja se alegra em chamar o divino Espírito de “Doce Hóspede da Alma”. Hóspede que a reveste da graça santificante, que a irriga da divina luz, que a torna capaz de realizar obras merecedoras da vida eterna.

Segundo São Tomás, o Espírito Santo é para nossa alma o que a própria alma é para o nosso corpo. Assim como o corpo não pode viver sem a alma, uma alma privada do Espírito Santo está morta, morta para a graça, morta para o amor e incapaz de conquistar alcançar o Céu. Ai daquele que, pelo pecado, expulsa o Doce Hóspede da Alma… porque expulsa o amor, a graça, perde a própria vida.

Sim, ó cristão, o Espírito habita em ti. Se tens fé, sabes que nunca estás só: contigo está o Doce Hóspede da Alma! Está contigo de dia e de noite, na fadiga e no repouso, na míngua e na prosperidade. Ah, se te souberes valer da presença de um amigo tão bom e poderoso!!! Se nas tentações, nos perigos e nas provações te recordares que o Espírito Santo vive em ti e a Ele recorreres prontamente, quanto se alegrará o teu pobre coração!

Fixa o teu pensamento algumas vezes durante o dia na consideração desta dulcíssima verdade: “o Espírito Santo habita em mim!” Se for este o teu pensamento, não apenas viverás na alegria, mas também alcançarás novas forças para avançar nos caminhos da virtude.

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Terceiro dia: O Espírito Santo, nosso Consolador icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Depois do pecado original, a decadente descendência de Adão sofre, não apenas em consequência do pecado dos nossos primeiros pais, mas também pelos seus próprios pecados que, depois da “primeira queda”, não pararam de se multiplicar.

O Espírito Santo, o divino Amor, perante sofrimento tão atroz, não deixaria de derramar muitíssimas consolações sobre os pobres pecadores. E é porque Ele nos consola, que a Igreja Lhe chama “Consolador Perfeito” e O designa pelos mais ternos nomes, como “Pai dos Pobres”, “Repouso no Cansaço”, “Doce Refrigério”, “Alívio no Pranto”.

Embora não nos tire das mãos aquele cálice da amargura que devemos beber à semelhança do Salvador, o Espírito Santo sabe misturar a Sua doçura às amarguras devidas pela nossa solidariedade com as dores de todas as criaturas.

Ele dá-nos o conforto da Sua graça, na nossa desgraça; um doce e tranquilo impulso para alimentarmos em nós a esperança; em nossos sofrimentos, o Espírito dá-nos um raio da Sua luz que nos faz acreditar que o mal não terá a última palavra, mas sim o Bem que está para nós reservado no Céu. Escutando a voz do Espírito Santo, a alma atribulada é consolada pelo Perfeito Consolador que a ela se entrega.

Se temos um Perfeito Consolador, por que está o mundo tão cheio de lágrimas de aflição e se escutam gemidos de tanta dor? Por que há tantos que atentam contra a própria vida? Teremos de concluir, infelizmente, que tal acontece porque há muitos homens e muitas mulheres que não conhecem o Espírito Santo, o Verdadeiro Consolador, e por isso não experimentam o conforto que consola na dor.

Mas por que acontece isso também entre os cristãos? O motivo é óbvio: também para muitos cristãos o Espírito Santo permanece desconhecido e aqueles que O desconhecem, não O louvam nem Lhe rezam. Na verdade, quem tem a graça de conhecer o Espírito Santo, não desespera no sofrimento, e nas tribulações, repete com São Paulo: “Tudo posso n’Aquele que me conforta” (Fil 4, 14br>

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Quarto dia: O Espírito Santo é o Doador dos Dons icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Sendo próprio do amor amar e partilhar dons, isso acontece principalmente com o Amor por excelência, o Amor divino, o Espírito Santo. Fá-lo com as criaturas pobres e necessitadas que a Ele, grande Provedor, se confiam: concede com abundância não só aquilo que Lhe é pedido, como satisfaz copiosamente cada desejo que Lhe é expresso. Os Seus verdadeiros devotos d’Ele recebem um filial Temor - que os afasta do pecado, a fim de viverem como filhos Deus; recebem uma fervorosa Piedade – que os orienta divinamente nas relações com Deus e com o próximo; uma profunda Ciência que lhes permite entender os desígnios de Deus e perscrutar os Seus juízos; uma sobre-humana Fortaleza que os faz superar todos os obstáculos e tentações, a fim de permanecerem em Cristo; um celeste Conselho que lhes permite discernir quais os movimentos da graça, a fim de poderem ajudar o irmãos a escolher os meios mais apropriados para a Salvação. Recebem ainda um sobrenatural Entendimento, Dom que concede uma inteligência capaz de compreender a Verdade, e o Dom da Sabedoria que permite discernir o que é bom, a fim de o poderem escolher para, escolhendo-o, “viver em Deus”.

Como então, tendo um Benfeitor assim tão rico de tantos Dons, nós somos tão pobres? Pobre é o nosso espírito de Dons do Céu, paupérrimo de virtudes é o nosso coração de virtudes, despida de grandeza é a nossa alma! Porquê tão miserável penúria se estão abertos diante de nós os tesouros do Paráclito e do Doador de Dons, que tanto nos ama? Sim, o Espírito Santo ama-nos infinitamente e concede todos os Dons… àqueles que os desejam, a quem Lhos pede e a quem a eles fielmente corresponde!

Mete a mão na consciência, ó cristão, reconhece a tua pobreza espiritual, porque não correspondes às inspirações, às luzes, às graças do Paráclito. Desejaste ardentemente os seus preciosos Dons? Pediste-os em fervorosa e constante oração? Afastaste o teu coração das coisas da terra para te enriqueceres dos tesouros do Céu? Reflete e responde…

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Quinto dia: O Espírito Santo e os Seus Frutos icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Mediante a infusão dos Seus sete Dons, as almas tornam-se fecundas de atos sobrenaturais e de virtudes: são os frutos de santidade e de vida, a que chamamos os Doze Frutos do Espírito Santo. A natureza humana, corrompida pelo pecado original, é como uma árvore silvestre que dá frutos amargos e intragáveis. O Espírito Santo realizou nessa árvore um saudável enxerto… passando por ele a natural virtude operativa do homem, nele se regenera: readquire as boas qualidades e torna-se capaz de dar frutos doces e salubres. Em boa verdade, não é o homem que produz aqueles bons frutos, mas o Espírito Santo, princípio eternamente fecundo da vida sobrenatural.

Toda árvore se conhece pelos frutos que produz; para que dê bons frutos e frutos abundantes, a árvore é por Deus podada (cf. Jo 15, 3). Não basta, portanto, o enxerto; é necessário este zelo constante do agricultor podando aquilo que necessita de ser podado. Ora, o miserável naufrágio da virtude de muitos cristãos está na recusa da poda que Deus faz e que, inevitavelmente, causa sofrimento. Sentem gozo ao serem enxertados com o precioso broto da graça divina; mas, depois, não aceitam que a mão providente do celeste Agricultor os pode, isto é, recusam despojar-se dos afetos terrenos. Gostariam de dar os frutos saborosos da árvore do paraíso, e, ao mesmo tempo, reter os parasitas selvagens do antigo inimigo. Ou seja: afetos mundanos, amor próprio, orgulho, avareza e coisas semelhantes. Para dar bons frutos, é necessário que a árvore seja podada; caso contrário, apesar do precioso enxerto, permanecerá estéril. Não dá fruto, acabará por secar; por fim arrancá-la-ão, será lançada ao fogo e arderá (cf. Jo 15,6).

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Sexto dia: O Espírito Santo é o nosso Advogado icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Os fracos, os órfãos, aqueles a quem não são reconhecidos os seus direitos, os que não têm voz, têm necessidade de um defensor, de um advogado, que assuma a sua defesa e trabalhe para que seja reposta a justiça. Nós temos um Advogado! Foi Jesus, o nosso Salvador, quem no-lO prometeu e, a Seu tempo, cumpriu a sua promessa: Espírito Santo, o próprio Amor que existe entre o Pai e o Filho, nos foi dado para nos ajudar na terra. Como poderemos nós compreender todo o bem que faz este divino Advogado às almas com quem Se relaciona? Rezando! Este Amor, ensina-nos São Paulo, vem em nosso auxílio e torna-se presente em nós quando rezamos.

Porém, nossa miséria é tal, que não sabemos rezar como convém; é tamanha a nossa cegueira, que nem mesmo sabemos o que devemos pedir… Por isso, “O Espírito Santo ajuda a nossa fraqueza e ora por nós com gemidos inenarráveis” (Rm 8,26). Ora no mais íntimo de nós próprios e suplica! Nosso Senhor que perscruta os corações, sabe o que deseja o Espírito em nós, que não pode ser outra coisa se não aquilo que é vontade de Deus a nosso respeito; o que pedimos com os tais gemidos inspirados pelo Espírito Santo, será atendido e concedido por Deus que no-lo dará.

Deus mesmo ora em mim! Consoladora certeza, esta… O Eterno Amor, ao orar em mim, desperta no meu coração o desejo de muitas coisas boas e ensina-me a invocar a divina Misericórdia. O Espírito Santo reza e faz jorrar em mim água viva das fontes da Vida Eterna, dessedentando-me e enriquecendo-me de todo o bem! O Espírito Santo ora em mim, reanimando as minhas forças vacilantes – como poderia não louvar e bendizer o Altíssimo? O Espírito Santo ora no meu íntimo e os tesouros da graça divina abrem-se para de mim cumulando-me de graças sobre graças. Graças que de mim transbordam em benefício daqueles irmãos por quem rezo. Que poderia ser negado àquele cuja oração sobe ao Céu unida aos gemidos inenarráveis do divino Amor?

O Advogado que Jesus nos alcançou também defende as causas daqueles que O ignoram? Ao orar em mim, o Espírito Santo desperta-me para uma intenção que sempre devo ter presente: para que, à semelhança da Virgem Maria, nossa Mãe, todos aqueles a quem o Espírito Santo é dado, o saibam acolher e, por Ele, sejam iluminados e purificados! Se fosse esta a única graça alcançada pela devoção ao Espírito Santo, já teríamos motivos para estar gratos ao divino Advogado.

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Sétimo dia: Oh, Divino Paráclito! Sois o Santificador das almas icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Que seria de nós. ou melhor, que seríamos nós, se o Criador não tivesse elevado a alma humana à vida sobrenatural, não a tivesse divinizado, criando-a à Sua imagem e infundindo nela o sopro Divino? Naquele sopro vem tudo aquilo que faz que sejamos aquilo que somos: o espírito, a vida eterna, a graça santificante, a capacidade de amar, a ânsia de perfeição, a sede de infinito … isto é, Deus dá-Se a Si próprio à Sua criatura! Se Deus nos criou para sermos filhos – Seus filhos muito amados – e para isso nos concedeu o Seu Espírito, faria sentido vivermos de forma animalesca, segundo as leis da natureza terrena?

Porém, olhando para o interior de nós próprios, facilmente nos damos conta da desordem que por lá vai… o pecado original desorganizou os nossos sentidos que deveriam estar focados na perfeição divina; em vez disso tornam-nos escravos das coisas do mundo. “Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida – não procede do Pai, mas do mundo.” (1Jo 2, 15-16). Quem poderá vir em nosso socorro, dando-nos capacidade para viver segundo a sublime vocação de um ser divinizado? Esse “milagre” opera-o o Espírito Santo, o Santificador das almas; com poder e suavidade conduz as almas ao santo viver, a que chamamos vida sobrenatural, que consiste não só em observar os mandamentos da lei de Deus, mas em viver n’Ele e para Ele, unicamente para Ele, submetendo-Lhe aquilo que temos e o que somos, o nosso ser, o nosso querer, o nosso fazer e sofrer.

A Sagrada Escritura apresenta-nos o Espírito santo como Santificador das almas: “Se viverdes segundo a carne morrereis; mas se pelo Espírito, mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são movidos pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus” (Rom 8,13). O Espírito Santo é princípio e fonte de toda santidade, d’Ele vêm as graças, as luzes, os confortos, e a ajuda para nossa santificação. É, de facto, Ele que ilumina o pecador no seu estado de perigo, acorda-o do sono da morte, inspira-o no desejo de voltar para Deus. É Ele quem suscita em nós a atração da virtude, a felicidade da paz e as consolações do divino amor. Na verdade, o Divino Espírito, cumpre em nós aquela profecia de Ezequiel: “Abrirei os vossos sepulcros e vos tirarei dos vossos túmulos […] porei em vós o Meu espírito e revivereis. Sabereis que, Eu, o Senhor, digo e faço” (Ez 37, 13-14).

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Oitavo dia: Os nossos deveres para com o Espírito Santo icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Ao Espírito Santo, Deus com o Pai e o Filho, devemos adoração, submissão e Amor. Sendo o Santificador da nossa alma, e dela Divino Hóspede, a Ele devemos uma humilde, habitual e confiante oração, pedindo: força, para vencer as tentações; luz, para conhecer melhor os nossos deveres; e a graça, para sobrenaturalizar as nossas vidas, a fim de Lhe serem agradáveis todas as nossas ações. Além do mais, devemos docilidade às Suas inspirações e gratidão pelos Seus incessantes benefícios. Mas, como o Espírito Santo é Amor, e o Amor deve ser amado, tem primazia entre todos os deveres, amá-lO sobre todos as coisas, com o mesmo amor com que amamos o Pai e o Filho.

Oh, miserável criatura! Como sou imperfeito no Amor… Como gostaria de amar com o amor com que merece ser amado o Amor infinito, o Espírito Santo, aquele Amor perfeitíssimo com que o Pai ama o Filho e o Filho ama o Pai. Aceita, meu Defensor, que Vos ame como Vos consigo amar, com todas estas imperfeições, e tudo faça para que possais ser mais conhecido e mais amado pelos meus irmãos. Enriquecei-me dos vossos Dons, para que cumpra melhor os meus deveres para convosco! Há períodos da minha vida em que raramente e com frieza, me lembro de Vós. O esquecimento não é adoração, nem é gratidão, nem é o amor primeiro que de mim esperais. O esquecimento é ingratidão, desamor e desprezo. Tudo o que não quero!!! Santificai-me ó Santificador!

A vós cristãos, meus irmãos, peço que sejais aquilo que eu gostaria de ser: um verdadeiro devoto do Espírito Santo. Tende-O presente no vosso pensamento, recordai constantemente o Amor com que Ele vos ama, os Seus benefícios, como Ele divinizou a vossa alma… honrai-O com orações a Ele dirigidas. Sabeis alguma oração ao Divino Espírito Santo?

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Nono dia: Os benefícios do Espírito Santo icon-mostrar-texto.png icon-ocultar-texto


Não há dúvida: os benefícios revelam a magnanimidade do Benfeitor. Quanto mais excelentes e variados são os benefícios, tanto mais se adivinha a grandeza e generosidade do Benfeitor. São tantos, tão variados e tão valiosos os benefícios que recebemos do Espírito Santo, que nos falta a capacidade para os inventariar ou descrever. A Igreja, pelos nomes que atribui ao Espírito Santo, de algum modo nos faz perceber como são grandes e extraordinárias as graças do Divino Benfeitor: Chama-Lhe “Luz dos Corações”, porque partilha connosco ensinamentos sobre o mistério de Deus; “Fogo Ardente” porque gerando em nós Jesus, faz abrasar os nossos corações e porque são as chamas do Divino Amor um dos benefícios do Consolador. Chama-Lhe, a Igreja, “Doce Hóspede da alma”, assegurando assim a Sua presença em nós. E ainda: “Pai dos Pobres”, “Dispensador de Dons”, “Fonte Viva”, “Consolador Perfeito”… ternas designações que nos fazem presentes os múltiplos benefícios que, do Espírito Santo, incessantemente recebemos.

As formas carregadas de simbolismo pelas quais Ele vem até nós, expressam também os benefícios do Paráclito: no Batismo do Senhor, o Espírito Santo assume a forma de uma cândida pomba; na Transfiguração de Nosso Senhor, Santo Ambrósio, São Tomás e outros, reconhecem o Espírito Santo na nuvem que aparece no Tabor e da qual se ouve a voz do Pai. A nuvem separa o mundo de Deus do mundo dos homens, mas, ao mesmo tempo, como o Paráclito, estabelece a comunicação entre esses dois mundos; ligada à chuva benfazeja, a nuvem simboliza a fertilidade numa alusão à sobrenatural fecundidade, que o próprio Espírito Santo infunde nas almas. Aparece no Cenáculo na forma de línguas de Fogo, que inflamam as almas dos Apóstolos – e também as nossas…- de celestes ardores, impelindo-os a fazer o bem, movidos, não pelas suas forças humanas, mas pela graça; e, assim como o fogo converte em fogo aquilo que nele é imerso, o Divino Fogo do Espírito Santo, se não pode fazer-nos divinos por natureza, diviniza-nos pela graça.

Admira, ó alma fiel, estas maravilhas do Amor, e diz-me: não são para ti inenarráveis e muito vantajosos benefícios? Tantos mais os experimentarás, quanto maior for a tua devoção ao Espírito Santo!


- Oração Final

V/. Ousamos rezar a oração que o SENHOR nos ensinou:
R/. PAI NOSSO, que estais no Céu...

Santa Mãe nossa, Virgem Maria, Esposa do Espírito Santo, dai-nos a mão nos caminhos da vida. Nós somos débeis, pecadores, pequenos, mas somos as vossas crianças, por vezes, crianças rebeldes, mas crianças que querem ser guiadas por Vós nos caminhos do amor a Deus e ao próximo.

Depois da Anunciação do Anjo, grávida de Jesus, concebido no vosso seio virginal por virtude do Espírito Santo, partistes apressadamente para a montanha; fazei-nos partir também ao encontro de tantos que esperam que lhes levemos o Evangelho vivo: Jesus Cristo, vosso Filho e nosso Senhor!

Santa Mãe querida, cuidai de nós, não deixeis que sejamos vencidos pelo egoísmo, pela preguiça, pela tibieza; ensinai-nos a ser, como Vós, dóceis à graça do Espírito Santo, a levantarmo-nos para levar Cristo a todos, obedecendo ao Pai, no amor do Espírito Santo. Amem.

V/. Ao encerrarmos este dia da Novena, rezemos à Senhora da Visitação, Mãe de Deus e nossa Mãe Santíssima:
R/. AVÉ MARIA, cheia de graça...

V/. Que o Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna!
R/. Amem.


Novena em honra ao Espírito Santo, composta pelo Cónego Armando Duarte
(Meditações inspiradas nas da Beata Elena Guerra, Fundadora da Congregação das Oblatas do Espírito Santo)
Basílica dos Mártires, 27 de maio de 2022